O passado tem lá seus motivos
Há de ter! Essa a esperança de quem restou
A buscar, nesse chamado mundo (dos vivos)
Como sarar uma ferida que nunca fechou?
Em comum tinham a pouca idade
E também dividiam a mesma sensação estranha.
Um com jeito moleque; outra, mais maturidade
Ambos ardendo de amor, desde as entranhas.
Não sofre mais pra entender o por quê
Já que a vida sofrida ensinou
E nas lições repetidas, dos anos que passam,
Vai aprendendo a rejuntar o que o tempo separou.
Sofre da saudade própria de dois que se amaram
E do procurar aflito de quem olha e não mais vê
O que se sabe da vida aos dezessete?
Foi nessa idade que comecei a aprender. Só que, por ironia, foi como numa leitura de um livro escrito de trás pra frente.
Sem saber quase nada da vida, aprendi o que era amar e também a morte desse alguém.
No clichê, dizem que se morre de amor e acho que é verdade. Pelo menos me senti assim.
Morreu uma parte de mim. A melhor parte? Não dá pra dizer!
Mas renasceu também uma força que nem sabia que tinha, amparado por mãos amigas.
Quem sabe um dia o que começou com "Era uma Vez", possa terminar num reencontro emocionado e um "Viveram Felizes para Sempre!"